quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Amor




Amor é poesia
Em constante ebulição.
Entorpece a alma dos comensais,
Que nele se resguardam.
É fogo candente em combustão.

Seus idólatras, mártires
De seu próprio êxtase.
Dançam as valsas da euforia,
Tropeçando em dissabores.
Cantam a melancolia em alvoroço,
Quando o desespero dos amantes os confronta.

Amor,
A melhor das doenças...
Efeito ébrio e alucinante,
Que eleva o espírito.
Vivaz a quem o carrega,
Tem a força de mil homens
E a doçura de uma mãe.

O seu hospedeiro,
Feliz contemplado,
Quando sua alma é abraçada em retorno.
Mas aquando se acerca de mágoa,
Ainda que apenas a imagine,
Isola-se no poço sem fundo,
No manto negro que alimenta...

Tem tanto de doença como cura.
É como uma droga,
Ao ser tomada,
Deixa o seu rasto,
O rastilho que causa o vício...