segunda-feira, 29 de julho de 2013


Calma...
É aquilo que me falta...
Em todos os meus anseios,
Me fustigam ainda mais...
E a paciência foge por entre os dedos...

Que fazer??
A vida é árdua...
Todos o sabem...
Mas terei eu de esquecer quem sou?
Terei de ser um robot escravo da sociedade que temos?
Fazer sem questionar,
Viver sem amar
Andar sem sonhar...

Quero algo mais...
Serei louca por ter sonhos?
Serei eu criança com pensamentos ridículos?!

E depois ainda dizem que ando perdida...
para ter fé em Deus e ele ajudar-me-á...
Não tenho nada contra os crentes...
Mas não me impingem religiões tão rígidas e tão cheias de lacunas...
A religião mais perfeita é o budismo, respeita todos os seres vivos...
Existe o bem e o mal, claro...
Mas de perspectivas diferentes,
o fazer mal é algo que causa sofrimento ou morte de outro ser vivo
O pecado não existe, porque pressupõe-se que as pessoas aprendam o que é incorrecto
tem consequências e castigos...


terça-feira, 16 de julho de 2013

Auto-Destruição

Cada passo dado
Cada partícula do passado
Cada coração quebrado
Que por fim acabara por ser recuperado e recolado

O portal por fim selou-se
E se antes já era difícil entrar
Agora será então impossível
Uma vez selado não há mais volta a dar

E o tempo vai passando
As feridas sarando
Mas a pele que cobre o corpo
Em nada é igual

Tanta vez que caí
Tanta batidela de cabeça no chão
De um poço fundo e frio
Subindo vezes sem conta
Para de novo cair

Mudando de estratégia
Em cada jornada
Mas as ânsias eram as mesmas
As pessoas são sempre a mesma coisa

Sou como um animal, apenas penso demais
Ajo quase por instinto
Em mim me deixaste um vazio
Foi como comer um gelado sendo eu uma criança
De olhos brilhantes e gulosos
Assim que saboreei a primeira lambidela entorpecida da alma fiquei
Quando dou por ela, nada era senão Fel

Amargo é o sabor que me deixaste na boca
Metafóricamente nua largada ao ar relento
Mudam-se as moscas, mas a merda é a mesma, já dizia a minha avó
Neste caso, mudam-se os homens, mudam as situações e as suas personalidades
Mas no fim de contas, na hora H são covardes, são de tal maneira
Que acreditamos mesmo nas suas palavras
Mas agora sinto-me descartável, sem importância

Sou criança tenho apenas 22 anos, que nada significam
Mas de que me vale ser altruísta...genuínamente preocupada com os outros
São amigos e ex-amantes, são paixonetas e tudo o mais
Quando não precisam mais de mim, descartam-me

Ninguém dá pela minha falta
E eu que apenas peço o mínimo dos mínimos
Não mereço o fel que me dão
Sou uma pequena gota de uma matéria viva em vias de extinção

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Drive me insane



Dry my tears away,
Hold me tight
Dream with me,
Together we'll fly...

Let me breethe that gentle smell of yours
And faint in your soft lips
If only had the power
If only I had a chance to make you happy...

Your smile warms my heart
Your eyes make me wonder
When I'm with you I went to another dimension
A peaceful and joyful place

When I leave you
My heart gently screams your name
and my voice weeps you under my tears
I wish to be with you over and over again
But now...I am losing my hopes and that really makes me sad...

Why do you above all the people I've met,
you've to be such a beautiful man,
So similar with me...
And why did you've to be in complicated situation
Why did I fell in love with you knowing the risks...????!!!!!!!
Oh why???!!


Quero rasgar os oceanos
Cantar, dançar e voar...
Dás-me cabo da paciência que me resta
Deixas-me louca e foges
Sei o porquê...não sei é porque continuas a abrir portas ao mal que te causam...

Oh proclamo ao céu negro que cobre o meu corpo nú nestes lençóis
Peço força para continuar a concentrar-me
Mas quanto mais tento não pensar...mais penso
Em teus lábios adoraria desmaiar,
Sobre o teu peito quero pernoitar
Tuas costas quero abraçar
E teu cheiro respirar...

Vai, então para as cordas que te prendem e machucam
se o preferes assim
Sei que tenho esta maldita sina de querer o que não me quer
De ter aquilo que não posso ter
Acho que é tarde de mais
Estarei eu apaixonada pelo amante com que eu não posso estar

Perdoa este meu jeito de ser, não consigo controlar-me
Afinal de contas é mais fácil de nos apaixonarmos
Do que de sermos correspondidos
E já não conhecia ninguém como tu há tanto tempo
Até mete dó como a vida prega tantas rasteiras
Sei bem que o meu corpo pede para descansar
Mas tenho tamanho peso no coração e tantos pensamentos na mente




Bate, bate coração
desencadeando lágrimas que caiem em minhas mãos
Entorpeças-me a alma ao saber
que provavelmente nunca te vou poder ter
Revejo momentos, vendo o teu rosto

Provei esse sabor doce e viciante
Fiquei ébria, enfeitiçada pela pessoa que és
Quanto mais te conheço, mais te quero
Como controlar aquilo que sinto,
Se não negar ao meu coração estes batimentos

Oxalá fosse uma mera atracção
por muito eu diga que o seja
Sabia exactamente onde me estava a meter
Agora as minhas cordas vocais choram sons por aquele que o meu coração anseia...
Vais estar ocupado com pessoas que nada te merecem

Mereço eu, uma pessoa como tu?! Não sei
Possivelmente não te mereço
Mas seria louca em desejar alguém assim,
Alguém que me dá uma paz interior tão grande
E que ao mesmo tempo me deixa embriagada de ansiedade e alegria


domingo, 7 de julho de 2013

Fruto Proibido



Rugem os tambores,
ao ritmo dos meus pensamentos...
Fujo para os meus escombros
Quero perder-me numa onda doce e ainda meio desconhecida...
Sei as suas fendas e conheço o seu paradeiro...
Contudo o receio apodera-se de mim...

E dos meus sonhos acordo flutuando,
 que nem uma pluma no mar...
Guardo em mim os momentos passados e o sussurro da sua voz
Que me fustiga o desejo...
Deixo-me levar...
Agora apenas temo em me vir a apaixonar...

Quero abrigar-me em porto seguro...
E segura nada estou...
Cada passo que dou é mais um que ando às escuras...
A cada minuto improviso, sem nada ver...
Apenas me guiando com os outros sentidos e com o instinto...
Sinto a melancolia a torturar-me

Rendo-me ao fruto proíbido...
Saboreando o seu adoçado perigo iminente
Sabendo o chão que piso...
Desfruto do seu incerto...
Adorando cada partícula do teu ser...
Agora sei que me enamoro de ti,
E negá-lo é o mesmo que trair o meu coração

segunda-feira, 1 de julho de 2013

A dança escarlate




E se dançasses ao sabor do vento,
Provasses o ritmo do veneno...
E todo o teu corpo se movesse num mágico mundo
Provocado pela mordidela da vida?!
Como se fosse uma droga alucinogéna

Arrancas a pele que te vai caindo aos poucos,
Descalça andas, seduzindo quem te rodeia
Mergulhas entorpecida numa teia,
Olhar vagueando a alma dos que te miram
Lambes as feridas que agora escarlatam...

Tens a natureza de um felino que te corre nas veias
Olhar frio e quente
És como o sol e lua juntos
Fazes do sangue o teu exctasy
Da música a tua tomada de electricidade

Olhas para o rosto que se assemelha a tua alma...
Sorris como a doçura de uma fruta
Mordes o canto do lábio
O desejo vai florescendo que nem uma flôr
E continuas dançando exclusivamente para a pessoa que está na tua mira.