sábado, 4 de setembro de 2010

Noite mágica, noite idiota, aqui reina a saudade de uma vida
que outrora fora minha, que ainda me pertence, mas que tanto me faz mal.
Não quero recordar, não quero me lembrar,
tou cansada de viver algo ao qual não me consigo encaixar. Olhas para mim com aquele olhar...
Cantas mil e um versos mas nada fazes de correcto.
Não és certo para mim...
Porque este desejo?!
Porque esta vontade?!
Quro sair daqui, voar para outro mundo...
O meu mundo... Quero ser tua, mas ao mesmo tempo,
não quero ser de ninguém...
Sinto a tua falta, do teu carinho... Estar dividida como estou, custa, mas que remédio tenho eu senão suportar tal mágoa e malícia.
E lá bem ao longe, ouve-se a palavra...palavra essa que nao me sai da mente.
Espalhada ao expoente da loucura, escrita por toda a parte.
Vareia-me o coração, esse grande lutador, que mesmo fraco, funciona,
mesmo estando destruído pela malícia e desgosto de tanta merda ainda bate como se nao houvesse amanha...

O espelho da realidade



Que mundo este ao qual entrei,
dizem palavras cobertas de intenções escondidas.
A comida é merda servida às colheradas, obrigando-me a engolir em fundo
o ardentente veneno da verdade nua e crua.
Estou farta de perfeições, não passam de meras ilusões.
Quero humanos, gente real e transparente.
Inadaptação faz parte do que sou, real e com barreiras,
mostro-me fria e indiferente, mas não passo de uma alma fraca, um coração de manteiga...deixando a minha ridícula pessoa acreditar que ainda existem pessoas verdadeiras.
Não há nada em mim que reste, se não ódio e raiva da crueldade e fealdade deste mundo.
Perdi a noção e a certeza do que aqui faço e possivelmente daquilo que sou e do que me tornei. As Lágrimas são sangue. o sangue esse já é veneno. Firo-me a mim própria com o meu aguçado espigão, ilesa e petrificada fico, de coração na mão e de olhar envidraçado.
Rastejo para o meu mundo, lavada em dor e sofrimento e deparo-me que tal mundo já não existe, destruído pela inveja e maldade na mais perfeita sintonia.
Ouvi dizer que o amor é uma doença quando nele julgamos ver a nossa cura...
Quem sou eu?! A eterna lua solitária que vos observa na vossa querida ridicularidade.
Sou o espelho que Deus criou, aquele que reflecte o fundo da vossa alma para vós, vos olhares aquilo que realmente são.