domingo, 4 de abril de 2010

Procuro perdida de algo jamais possivel de ter

Caminhei por vales e florestas...
Segui-te até à tua toca...
E cai dentro de um buraco...
Perdi-me por fim...

Cheguei a este mundo de cobardes e hipócritas...
Com tanta impressão estava...
Perguntava-me como alguém podia ser assim...
Culpei-os a todos dos meus males e doenças...

Continuei...por aquele labirinto de cheiro improprio
e explosivo, por moribundos e precariedades passei...
Eis que diante de mim aparece um espelho...
Minha imagem fixo nele...

Mexi nos meus cabelos...
E que é isto afinal?
Admirada aprochego-me
e vejo todas as marcas da sociedade malévola

Quem era eu para criticar?
Nem moral tinha para falar...
Este rosto usado como mascara,
este corpo usado como barreira...

Hipócrita não serei eu também
Por acreditar que tudo vai acabar bem...
por me deixar ir na bela perdição dessas quedas...
Por ainda pensar que consiga ser feliz e fazer os outros felizes...

Sim...menti finalmente...
Não a ti, não a ele...
Apenas a mim...Julgaria eu ficar impune de tal sina?!
Tarde demais para remediar tamanhas tábuas mal pregadas nesta vida!

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